Seu cérebro pode está lhe induzindo a acreditar em FakeNews e você precisa ler isso para se prevenir
- Juliana Gonçalves Villarim
- 3 de jun. de 2020
- 3 min de leitura
Atualizado: 3 de jun. de 2020
“Quem nunca caiu numa Fake News que atire a primeira pedra”. Mesmo que você nunca tenha compartilhado alguma Fake News, certamente já deve ter sido vítima desse malfeito. Não se culpe por isso e nem julgue os outros por também terem sido enganados. Todos nós somos vítimas em potencial de notícias falsas porque o nosso cérebro é um repositório de crenças, as quais são formadas por um arsenal de memórias reais e imaginárias. E, como já mencionei em outros posts, o cérebro humano não distingue o real do imaginado, o que possibilita que acreditemos como verdade absoluta determinados fatos irreais.
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“Affe Juju, você agora filosofou e eu não entendi nada”.
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Calma, amiga, para fazer você entender a relação entre Fake News e as nossas crenças, eu vou contar uma historinha fictícia de uma personagem chamada Mary Land (se tiver alguém que me segue com esse nome, me desculpe, eu tentei achar um nome bem diferente e imaginei esse nome – mas, se você tem esse nome, que fique bem claro, você não é a personagem dessa história, ok? E seu nome é muito bonito, parabéns! rsrs).
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Vamos à historinha: “era uma vez uma linda menina chamada Mary Land, que passou toda a sua infância e adolescência ouvindo de seus pais, dois servidores públicos, que ela só seria feliz se passasse em um concurso público. Ela via e sentia o quanto seus pais eram felizes e atribuía a essa felicidade o fato deles terem passado num concurso público. Essa “verdade”, dita e repetida milhares de vezes, se transformou numa crença. E crença é uma espécie de chip, que fica instalado no cérebro da gente e emite comandos pré-estabelecidos para o corpo agir de tal modo a cada situação vivida. Mary Land, já com 36 anos de idade, depois de uma pausa nos estudos para o concurso de Juíza Federal, foi navegar pelo Facebook e, como de costume, foi se abastecer de notícias “boas” sobre concurso público. Muitas dessas notícias eram falsas, pois diziam que os anos de 2020 e 2021 seriam os melhores para quem estava estudando para concurso público, pois muitas vagas em órgãos públicos seriam disponibilizadas. A verdade era exatamente o contrário, que esses seriam os piores anos para o setor de concurso público, pois uma lei foi aprovada impedindo a realização de concursos nesses anos, mas Mary Land não podia acreditar nessa outra “verdade”, pois não estava alinhada com as suas crenças de que sua felicidade dependia da aprovação em um concurso público.”
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O conto da Mary Land é mais real do que se imagina e serve para nos alertar de que devemos ter muito cuidado com os ensinamentos que damos aos nossos filhos. Nós, pais, somos os principais responsáveis pelas crenças que se formam neles. Busque então passar informações edificantes, que irão fortalecer a capacidade emocional de seus filhos. No lugar de dizer que a felicidade está nas coisas ou em eventos futuros, diga que a felicidade dele está no que ele é e não no que ele vai fazer ou no que ele vai ter. Precisamos orientar nossos filhos para que sejam pessoas éticas e com boas crenças de identidade, capacidade e merecimento. E para que na sua fase adulta eles sejam disseminadores de verdades, ao invés de vítimas das próprias crenças limitantes.
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